sábado, 28 de março de 2009

ARTE CRISTÃ PRIMITIVA

A arte cristã primitiva é considerada a arte cristã no Império Romano do Ocidente produzida até meados do século VI (a arte cristã produzida no Império Romano do Oriente é considerada arte Bizantina). Ela pode ser dividida nas fases catacumbária e basilical.
A arte catacumbária foi a arte produzida durante a época de perseguição do cristianismo. Era uma arte bastante simples, quase auto-didata, que utilizava pricipalmente símbolos para exprimir o cristianismo nascente. O símbolo de Jesus Cristo era o peixe, pão e vinho significavam a eucaristia. Com o passar do tempo, nos séculos 3-4 DC, os artistas começaram a assimilar a cultura pagã ao seu redor e utilizá-la nas representações (assim, o Cristo passou a ser representado como "O Bom Pastor"). As figuras começaram a ganhar contornos estilísticos próprios da época romana, e Jesus freqüentemente era represantado como um filósofo, com papiroa nas mãos.
Após o Édito de Milão, publicado pelo Imperador Constantino em 313 DC, que institucionalizou a tolerância religiosa com os cristãos, subitamente o Cristianismo passou a necessitar de uma arte mais elaborada, grandiosa, que pudesse educar e atrair seguidores em larga escala. Foram adotadas as construções de adoração em forma de basílica, e a decoração das paredes era feita com vidros e mosaicos. A pintura continuou com a intenção de representar não a beleza física, mas a espiritual. As figuras se tornaram mais simples, sem distinção por planos, hierárquicas. As cores utilizadas não correspondiam exatamente a realidade, e o tamanho das figuras e sua posição na pintura demonstravam a sua hierarquia no plano espiritual. As tradições greco-romanas de perfeição física foram, paulatinamente, sendo esquecidas.

Cássia Righy

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